O Global Trade Item Number, o GTIN, é um código numérico, criado pelo sistema pela GS1, que é quem realiza a administração do mesmo. Basicamente, é este número que aparece abaixo dos códigos de barras e essa numeração serve para facilitar a categorização de produtos, a fim de torná-los mais competitivos nos resultados de pesquisa, para ajudar no aumento das taxas de conversão. 

Sua utilização é ampla, abrangendo os mercados do varejo físico, onde tem como função a identificação de produtos, e do varejo digital, onde estabelece a singularidade do produto. O GTIN abrange desde matérias-primas até produtos acabados. 

Geralmente, o GTIN é composto por uma sequência de 13 dígitos, mas também pode conter 8, 12 ou 14 dígitos.

Qual é a diferença entre GTIN e EAN?

Não há diferença, pois o GTIN veio para substituir o EAN.No entanto, o EAN não deixa de existir, mas passa a ser um dos quatro tipos de códigos GTIN existentes (mais precisamente, o GTIN-13). 

O código EAN, composto por 13 dígitos, é um código europeu e não é aceito em alguns países como Canadá e Estados Unidos. 

Quais são os benefícios do GTIN?

As vantagens do GTIN são:

  • Faz parte dos pré-requisitos para a comercialização dentro de marketplaces e outras plataformas de venda online; 
  • Facilita a procura de produtos em sites de buscas ou sites de comparação de preços;
  • Aumenta a precisão das informações dos produtos;
  • Proporciona estratégias de marketing mais eficazes, uma vez que auxilia no controle da entrada e saída de produtos, permitindo ações mais direcionadas para cada produto.
  • Quais são os tipos de GTIN?

    São 4 os tipos de GTIN, que apresenta diferentes formatos para atender às necessidades do mercado, já que servem para identificar diversos tipos de produtos: GTIN 8, GTIN 12, GTIN 13, GTIN 14. Veja abaixo sobre cada um deles.

    GTIN-13 – Estrutura

    Também é conhecido por EAN, esse é o código que identifica o produto e contém 13 dígitos. É utilizado tanto em lojas físicas como em digitais.  

    Código de exemplo: 4560000000000

    (Fonte: https://www.gs1br.org)

    GTIN-14 – Estrutura

    GTIN-14 também é conhecido em sua forma mais popular DUN-14, é usado para identificar caixas de embarque que tenham unidades dos mesmos produtos.

    Código de exemplo: 14560000000007

    (Fonte: https://www.gs1br.org)

    GTIN-12 – Estrutura

    Geralmente é inserido no código de barras UPC-A, possuindo 12 dígitos.

    Código de exemplo: 145600000007

    (Fonte: https://www.gs1br.org)

    GTIN-8 – Estrutura

    Esse código é o mais utilizado em produtos de pequeno porte que não permitem o uso do código de barras EAN13 devido ao seu tamanho.

    Para usar esse código existem alguns pré-requisitos, tais como o formato do produto que deve ser retangular ou quadrado, com uma área total inferior a 80cm². A área da etiqueta deve ser menor que 40cm² e os produtos com formato cilíndrico devem ter diâmetro inferior a 30mm.

    Vejamos um exemplo.

    (Fonte: https://www.gs1br.org)

    Já em relação ao código, fica da seguinte maneira:

    Código de exemplo: 14560007

    (Fonte: https://www.gs1br.org)

    Vale ressaltar que, após ser criado o código, ele não deve de forma alguma ser alterado. Assim que gerado para um produto, o código permanece relacionado ao produto até o fim da existência do produto.

    Como o GTIN pode ajudar sua empresa digital?

    O GTIN é essencial para sua empresa digital, pois garante a identificação única de seus produtos no mercado global. Isso facilita a listagem em marketplaces, aumenta a visibilidade em buscas online e permite uma gestão mais eficiente do seu catálogo, otimizando processos como o e-commerce. 

    Além disso, o GTIN ajuda na hora de identificar produtos. As grandes redes do comércio digital solicitam o uso do GTIN justamente para essa finalidade. No meio digital, cada vez mais usado e tido como prioridade para a maioria das empresas atualmente, o GTIN pode ser usado como o único código importante para todos os dados, ou seja, é uma forma eficiente de validar, acessar, enviar e receber informações à prova de erros, com rapidez e segurança. 

    Elencamos a seguir a utilidade do GTIN para o seu e-commerce. 

    1. Melhorando a experiência do usuário

    Adicionar o GTIN a determinado produto ou serviço faz com que a busca do usuário seja exata. Claro, é preciso que o máximo de informações sobre o produto esteja disponível para que os anúncios corretos sejam mostrados para o público-alvo.

    O uso do GTIN, aliado às informações corretas, tira a necessidade de associação por palavras-chave nos buscadores. 

    2. Aumentando o número de impressões

    O uso do GTIN faz com que o produto que está anunciando em sua rede social apareça corretamente ao usuário. 

    Para tanto, é necessário que as empresas façam um melhor cadastro de produtos, aumentando as chances da organização performar melhor em busca orgânica e paga. 

    3. Aumentando o número de conversões

    As conversões são de extrema importância na hora de medir a efetividade de um anúncio, pois a meta final é a compra daquele produto que está sendo divulgado em determinado canal. 

    Por isso, fornecer ao marketplace o número do GTIN aumenta a taxa de conversão do produto, já que ele está categorizado de forma correta, tornando-o mais competitivo nos mecanismos de pesquisa.

    Vale dizer que o Google Shopping, serviço do Google que permite aos usuários procurarem por produtos em sites de compras online, tornou o uso de GTIN obrigatório em vários países desde 2016. O resultado foi o aumento de 20% nas taxas de conversão para mercadorias com números globais corretamente aplicados. 

    O GTIN é obrigatório na nota fiscal?

    Sim, o preenchimento do GTIN é obrigatório em notas fiscais. Desde setembro de 2022, quando começou por etapas, o GTIN deve ser incluído nas Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) e Notas Fiscais de Consumidor Eletrônica (NFC-e) e, a partir de junho de 2023, o preenchimento do código é exigido para todas as operações comerciais em todos os segmentos da economia.

    Vale dizer que caso deixem de preencher o código ou o preencham incorretamente, a NF-e está passível de ser rejeitada.

    Na nota fiscal, o código GTIN aparece nos campos cEAN e cEANTrib e é utilizado na NF-e justamente para informar o número referente ao código de barras do produto. A sequência identifica o país, a empresa detentora do código de barras, o produto relativo à nota fiscal e o seu dígito de controle. 

    Como gerar código GTIN?

    Antes de mais nada, é necessário entrar em contato com a GS1 em seu país e se filiar-se como membro, processo feito online. 

    Logo após, acesse o site do Cadastro Nacional de Produtos (CPN), site em que é possível criar os códigos para identificar os itens comerciais que sua empresa produz. 

    A criação do código GTIN exige que algumas etapas sejam concluídas, como a obtenção do prefixo da empresa, a escolha do código GTIN, a verificação da unicidade do código, entre outros, como veremos a seguir. 

  • Prefixo de empresa: após o registro na GS1, inicie o processo com o pedido de um prefixo de empresa da GS1, organização global que supervisiona códigos de barras;
  • Escolha o tipo de GTIN: selecione o tipo de GTIN desejado, como GTIN-13, que requer 13 dígitos;
  • Calcule o dígito verificador: utilize algoritmos específicos ou ferramentas online para calcular o dígito verificador, essencial para verificar a validade do GTIN;
  • Acrescente o dígito verificador: após chegar ao resultado do dígito verificador, combine-o com o prefixo de empresa para formar o código GTIN completo; 
  • Verifique a unicidade do código: antes de usar o GTIN, tenha certeza de que ele é único, com a GS1 trazendo ferramentas para tal identificação; 
  • Associe o GTIN ao produto: utilize um sistema de gerenciamento de produtos ou software de código de barras para atingir este objetivo. 
  • Como consultar um GTIN?

     É possível realizar a consulta do GTIN vinculado à NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) pelo Portal da Nota Fiscal Eletrônica - SVRS. Para isso, siga os passos abaixo:

  • Preencha o GTIN, marque a opção “Não sou robô” e clique em consulta;
  • Com o resultado, acesse o cadastro do material e, se necessário, corrija as informações NCM ou GTIN. 
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